quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Lola Rennt - Corre Lola Corre (1998)


A Mulher Da Maratona

Lola (Franka Potente), uma alemã na casa dos 20 anos, tem precisamente 20 minutos para arranjar uma larga quantia em dinheiro e assim safar uma dívida que o namorado Manny contraiu junto de um mafioso. Caso contrário, Manny está disposto a arriscar a sua pele, assaltando um supermercado para pagar o que deve. Lola terá de fazer tudo ao seu alcance para evitar um desfecho infeliz, o que implica algumas situações imprevisíveis. "Corre Lola Corre" foi bem recebido pela crítica e logo se tornou fita de culto, mas este é um daqueles casos em que a montanha pariu um rato. O filme é muito cool (mas também muito inócuo e vazio) e a sua premissa base não se consegue sustentar na duração de uma longa-metragem (se calhar a opção de curta teria sido bem mais sensata). Basicamente, é como estar a ver um videojogo alucinado com uma irritante batida techno de fundo, em que não existe nenhum tipo de profundidade ou comoção. As personagens são meras embalagens de cartão, de visual arrojado mas intrinsecamente desinteressantes, e o argumento remete para a cansativa e constante correria da protagonista. Pelo meio ainda se tenta fazer uma aproximação ao "Feitiço Do Tempo", na questão da possibilidade de se repetir as experiências até se atingir os objectivos, mas isso soa a falso e mais uma vez faz lembrar o universo dos jogos de computador e de consolas. Franka Potente ainda tenta acrescentar algum "sumo" à sua Lola, mas isso cai por terra devido a uma narrativa e a uma realização frenética que simplesmente não se interessam pelas personagens e que confundem rapidez e virtuosismo com profundidade dramática. Apenas aconselhável para quem gosta do tipo de filmes "what if" de fraco desenvolvimento humano e narrativo.


Classificação: 1,5/5



4 comentários:

Pattie disse...

Esta noite gravei no AXN o CSI para ver esta manhã (não pude ver à hora normal por causa de outro programa) e por acaso fiquei também com este filme, que deu a seguir. Vou vê-lo pela curiosidade, apesar de não ter grandes espectativas.

Já agora, há uns anos os Simpsons fizeram uma paródia engraçada a este filme. Vou ver como se compara o original...

Loot disse...

1 em cinco é muito pouco, eu gostei do filme.
Não é uma obra-prima que deve ser venerada por todos concordo, mas a sua visualização não é de todo uma perda de tempo, pelo menos para mim não foi.

Carlos Pereira disse...

Deste discordamos por completo. Para mim é uma produção independente fabulosa, um 5/5. E isso não significa que o considere uma obra-prima, mas foi um filme que me marcou muito a adolescência. Aqueles diálogos filosóficos no quarto, aquela possibilidade de repetir uma acção, aqueles diferentes futuros, aquela liberdade do cinema em que tudo é possível - incluindo vencer o tempo.

Betty Coltrane disse...

Eu também gostei... hehe...

além disso, adoro o cabelo da moça! (comentário fútil e desnecessário, destinado a quebrar a alta carga intelectual do presente blogue... ;P )

um grande beijo, querido!