sexta-feira, 29 de junho de 2007

TOP 25 Most Dangerous Movies (Premiere Magazine)

Top de filmes que representam temáticas arriscadas e forte componente emocional para os espectadores:

1) Bonnie and Clyde
2) Boys Don't Cry
3) In The Company Of Men
4) Dead Ringers
5) Eraserhead
6) Gimme Shelter
7) Happiness
8) Bad Lieutenant
9) M
10) Once Upon A Time In The West
11) A Clockwork Orange
12) Repulsion
13) Requiem For A Dream
14) Reservoir Dogs
15) The Sweet Hereafter
16) Taxi Driver
17) Blue Velvet
18) Dancer In The Dark
19) Freaks
20) Peeping Tom
21) The Lost Weekend
22) Natural Born Killers
23) Romper Stomper
24) Un Chien Andalou
25) Weekend

In the Deep

Esta bela canção de Kathleen 'Bird' York encerra o filme Crash. A cantora também acumula a função de actriz (ultimamente tem aparecido na série Donas de Casa Desesperadas). Tenho pena é que este vídeo seja tão pobrezinho...

The Breakfast Club - O Clube (1985)

Todos diferentes... Todos iguais...

Se há filme que retrata de forma hilariante (mas também tocante) a teen angst e a vida escolar em plenos anos 80, então "The Breakfast Club" é um dos mais sérios candidatos a esse título. O realizador John Hughes nunca escondeu o fascínio que sente por esta faixa etária e o seu currículo comprova que criou obras verdadeiramente emblemáticas, que reflectem fielmente o estado de espírito daqueles que procuram o seu lugar no Mundo, sem querer copiar os padrões adultos. Neste filme de 1985, a genialidade do argumento está relacionada com a sua aparente simplicidade. Tudo se resume a um dia: 5 estudantes de um liceu americano são obrigados a cumprir uma detenção na biblioteca da escola, por mau comportamento, numa manhã de Sábado. A controlar-lhes os passos está o tirano director, que se encontra saturado da sua profissão e da rebeldia própria dos estudantes que lhe arruinam a paciência. O minimal grupo que está de castigo é constituído por personalidades muito diferentes, o que naturalmente irá gerar imensos atritos. Durante as horas de detenção haverá risos, choros, confrontos físicos e psicológicos e desabafos sentidos sobre a vida, o sexo, os esudos e as relações familiares. Mas as surpresas estão reservadas lá para o final do dia, quando todos se apercebem que se calhar as diferenças não são assim tão acentuadas e que até partilham muitos dos problemas que afectam a sua geração. Se bem que já tenham passado uns bons anos desde a sua estreia, "The Breakfast Club" continua extremamente fresco na sua recriação das problemáticas do complexo mundo estudantil e do intrincado universo adolescente. À superfície, é certo que cada personalidade corresponde a um estereótipo (temos nada mais nada menos que o Marrão, a Princesa, o Arruaceiro, o Desportista e a Excêntrica), no entanto Hughes não limita as suas esferas de acção nesses mesmo clichés e confere um tratamento humano muito respeitável às suas personagens, dando-lhes uma profundidade que é rara neste género de filmes. Estamos, de facto, longe do retrato pueril que contamina a ficção televisiva nacional sobre adolescentes ("Morangos Com Açúcar", por exemplo) e que sistematicamente os encerra em simplismos sociológicos e humanos que muitas vezes roçam o insulto. Aqui não há que recear estas "técnicas" redutoras: o filme mescla muito bem a parte cómica da situação com o lado mais dramático vivenciado por cada um daqueles jovens, proporcionando ao espectador diálogos deliciosos e pontos de vista com os quais nos podemos identificar. Sim, porque no nosso percurso escolar de certeza que fomos alguma destas personagens.


Classificação: 4,5/5

David Bowie, "Hunky Dory"

Em repeat, hoje e sempre...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Michel Gondry...

... o homem por detrás dos imaginativos Human Nature, Eternal Sunshine Of The Spotless Mind e La Science Des Rêves, é também responsável pela realização de admiráveis videoclips. Trabalhou com artistas como Beck, Rolling Stones, Paul McCartney , Sheryl Crow e Neneh Cherry. Deixo aqui as minhas preferências relativamente ao trabalho desse senhor.

Bjork - Bachelorette (1997)


Kylie Minogue - Come Into My World (2002)


Radiohead - Knives Out (2001)

Já dizia o Andy Warhol

A cada semana, aparece uma figura pública a ocupar o patamar das acções ou diálogos ridículos. Até há pouco tempo tinha sido Mário Lino e o seu deserto; depois desses sofríveis 15 minutos de fama, eis que se insurge Joe Berardo. Tem sido um rol do "diz que não disse", quer seja para comentar a situação do Benfica (e Rui Costa), quer seja para apurar as questões agora relacionadas com o CCB. Só espero que as próximas aparições de Berardo sejam mais estudadas e orientadas para um discurso com pés e cabeça.

Amor aos Cigarros


Combate ao tabagismo através de campanhas de sensibilização? De acordo!

Combate ao tabagismo nas instituições de ensino? Também de acordo.

Diminuição do preço dos medicamentos e das terapias de ajuda à libertação do vício? Concordo (até porque o Estado embolsa largas quantias resultantes da venda destes produtos).

Organização dos estabelecimentos de consumo, em termos de "Fumadores" e "Não Fumadores"? Sim, nenhumas das partes deve sair prejudicada.
Adoptar uma atitude fundamentalista, de que quem fuma quer acabar com a vida dos outros e é alguém caprichoso, isso é que não! (a isto chama-se fugir à questão).


terça-feira, 26 de junho de 2007

TOP 3 Jennifer Connelly

1) Requiem For A Dream - A Vida Não é um Sonho (2000)


2) House Of Sand And Fog - Uma Casa Na Bruma (2003)


3) A Beautiful Mind - Uma Casa Na Bruma (2001)

Momento Chillout do dia


Badly Drawn Boy - Pissing in the Wind (nem sei como é que a Joan Collins concordou em se expôr desta forma...)

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Façam o favor de matar as moscas!

Este fim de semana vi o The Proposition (2005), de John Hillcoat. É impressão minha ou desde o Imperdoável (1992) não havia um western tão compensador? Este género nem sempre tem tido grande sorte: existem tentativas bem sucedidas (o filme de Clint Eastwood, já citado), tentativas medianas (Rápida e Mortal (1995), de Sam Raimi) e as realmente falhadas ( Mulheres de Armas (1994), de Jonathan Kaplan). A premissa do filme é simples e cut to the chase: numa região inóspita australiana, Charlie Burns recebe uma proposta de um agente policial (Capitão Stanley), que consiste em que Charlie capture o seu sádico irmão mais velho num prazo de 9 dias. Caso isso não aconteça, o Capitão vinga-se no irmão mais novo do clã. Estamos perante uma excelente reminiscência do universo de Sam Peckinpah, em que o western e todas as suas componentes morais e selvagens andam de mãos dadas. O que fascina é que a abordagem deste The Proposition nunca é maniqueísta e o filme ganha com isso, pois provoca uma ambiguidade de sentimentos no espectador relativamente às acções e destinos daquelas personagens. As questões morais são-nos assim apresentadas como um dilema de difícil resolução e aceitação. Acaba por ser também, por outro lado, uma obra contemplativa das paisagens áridas/aborígenes do Outback, impregnada de um lirismo desconcertante (e raro neste tipo de filmes) e com uma dose de temperamento irascível. Na verdade, aqui os momentos de quietude aglutinam-se com momentos da mais pura violência e gore, dando ao filme alguns apontamentos quase cartoonescos. A música assume uma dimensão transcendente, completando a narrativa e descrevendo estados de alma. No entanto, e apesar de todo o caos vivenciado, existe também uma aura de paz e luminosidade na personagem feminina (Martha, a esposa do Capitão), dorida mulher cujas circunstâncias a obrigam a co-existir num mundo endiabrado de homens sem limites. O argumento é inspirado (obra de Nick Cave), a realização é segura e virtuosa (vénia a John Hillcoat) e o elenco é impressionante: Guy Pearce (Memento, LA Confidential), Danny Huston (eterno secundário de Hollywood), John Hurt (Alien) e a sensível Emily Watson ( Breaking The Waves). Recomenda-se!!!

Classificação: 4/5


Covers

Não sou grande fã de covers, mas de vez em quando lá surge uma que me desperta a atenção. E muitas vezes até supera a versão original em termos de qualidade. Este é um exemplo disso mesmo. A canção original, "Hand On Your Heart", pertence a Kylie Minogue (senhora que eu gosto bastante, embora esta música não me diga muito); a cover está a cargo de José González. Cada vez acredito mais que é possível inovar sobre material já existente, sem se recorrer a uma lógica de repetição e actualização desnorteadas.

Original

Cover
(Este vídeo é um portento!)

domingo, 24 de junho de 2007

Hoje, no canal Hollywood, pelas 00h30

Uma das obras-primas do mestre Hitchcock passa hoje no canal da cabo. Falo de Os Pássaros (1963), um dos melhores exemplos do terror inexplicável, que actualmente ainda enerva muito boa gente. Completamente a não perder!

sábado, 23 de junho de 2007

Outra perdição


Interpol - Evil

Reality Bites

O Vida e o Amor... nos 90´s!

Depois de uma conversa com as amigas Betty e Curse, sobre a instabilidade e dificuldade que os jovens enfrentam ao iniciar a sua vida no mercado de trabalho (após conclusão de estudos), lembrei-me logo deste filme. Na sua génese, trata-se de uma comédia romântica, mas aborda aspectos com os quais todos nos identificamos e lança umas quantas farpas bem incisivas às inseguranças da vida adulta contemporânea. Lelaina (Winona Ryder) e o seu grupo de amigos terminam os estudos e vêm-se frente a frente com as responsabilidades que essa transição acarreta. Para além dos tormentos relacionados com a procura de emprego, todos eles têm problemas no que diz respeito às relações amorosas, às suas próprias identidades e às escolhas que fazem para a sua vida. Fascinada com esta temática, Lelaina começa a rodar um documentário, tendo por base a sua vivência e a dos seus amigos. Este filme não é uma obra-prima, mas conquista-nos por ser tão honesto, despretensioso e cool. Percebe-se que existe uma verdadeira intenção de traçar um retrato fiel da chamada Geração X (da qual falei aqui há uns tempos), que, embora possuidora de conhecimentos e tacto, acaba por se perder na tentação da cultura hedonista e da própria apatia. O filme foi realizado em 1994 pelo actor Ben Stiller (que também participa) e conta com Ethan Hawke, Janeane Garofalo e Steve Zahn, para além da espantosa Winona Ryder. Em Portugal, teve o infeliz título de Jovens em Delírio (urghh).

Classificação: 3/5


The Apprentice AKA The Ultimate Job Interview

Mas quando é que chega a nova série do programa do Donald Trump, The Apprentice? Nos EUA, creio que já vá na 6ª edição. Gosto muito das nuances do mundo empresarial focadas nesse show, mas já estou um pouco farto da atitude repeat do People + Arts. Vá, toca a encomendar a nova fornada!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

A recordar...

Um videoclip genial para uma boa canção dos Blur! O Milky rules!!!

Amarcord (1974)

Como eu gostei deste filme! Confesso que ainda não o tinha visto, mas ontem a bela da RTP1 lá me fez o favor de o exibir. Isto é mesmo uma obra prima do cinema italiano! Trata-se de um belo exercício de nostalgia, com alguns laivos de comédia burlesca e nuances políticas. Na Itália fascista, uma cidade costeira revela um conjunto de personagens muito caricatas: os jovens cuja sexualidade começa a despertar, a femme fatale da zona (Gradisca), a voluptuosa dona da tabacaria e Volpina (a prostituta sem rumo), entre outras. O filme consegue ser doce e bizarro, saudoso e cómico, tudo isto sem esquecer o lado da opressão política da época. É a homenagem do realizador, Federico Fellini, às memórias da sua infância e à sua terra natal. Como curiosidade, o título Amarcord advem da tradução fonética das palavras Mi Recordo, pronunciadas no dialecto de Emilia-Romagna, o local de nascimento de Fellini. Vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1975.

Classificação: 5/5

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A canção da semana...

... cujo videoclip traz logo à memória o Lost In Translation.

The Killers - Read My Mind

Super freaks, super freaks...

Ontem, por volta das 20h00, ao fazer zapping, dou de caras na Vh1 com um programa sobre concursos de beleza para crianças. É claro que tal barbaridade tinha lugar naqueles locais recônditos dos EUA, uma espécie de Little Miss Sunshine, mas levado a um extremo quase desumano. As miúdas, todas de 4 ou 5 anos, são autênticas aberrações à la Dolly Parton, pobres coitadas. Carregam com quilos de maquilhagem, perucas de tamanho de abóboras e usam dentaduras para disfarçar a natural falta de dentes. Andam sempre de um lado para o outro em busca de shows deste género e todas elas almejam derrotar as restantes candidatas e ganhar o belo do dinheiro. Os progenitores (e falo especificamente das mães, porque foi o que vi) são como que treinadores implacáveis que promovem estas sórdidas competições e que desejam ver o seu rebento a dar-se bem na vida (?!?) através da beleza. Não vi muito do programa, porque estas coisas metem-me muita impressão, mas cheira-me a desejos reprimidos das mamãs espelhados agora nas suas beauty queens e também a forma fácil de acumular cifrões!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Dona de casa muito desesperada

Ao que parece a RTP2 já comprou a série Weeds e já não deve faltar muito para o início de exibição. A sinopse é deliciosa: após a morte inesperada do marido e dos consequentes problemas financeiros, uma mulher dos subúrbios torna-se a vendedora de "erva" lá da zona. A crítica aplaudiu e a série já arrecadou alguns prémios, incluindo para a sua actriz principal, a talentosa Mary-Louise Parker. Isto promete!

Fearless - Sem Medo de Viver (1993)


Morrer de Novo

"Fearless", realizado por Peter Weir, conta a história de Max Klein, um homem cuja vida se altera totalmente após sobreviver a um terrível desastre aéreo. A partir desse episódio tão marcante, Max passa a viver literalmente noutra dimensão, alienando-se de tudo e todos e assumindo até uma espécie de Complexo de Deus. A sua relação com a esposa e o filho começa a ficar seriamente afectada e Max parece apenas concentrar a sua atenção na ajuda a uma outra sobrevivente chamada Carla. Esta vive num permanente clima de dor e culpa, pois o seu bébé perdeu a vida nesse acidente. Max irá então tentar provar a Carla que seria impossível ela conseguir salvar a sua criança, por mais que tentasse. O filme não tem vergonha de assumir o seu lado metafísico e poético (que está devidamente protegido por um hábil argumento que não descura nem as suas personagens secundárias) e funciona como estudo da alienação e do medo. A estrutura da narrativa e a forma como alguns planos estão encadeados remete para um tipo de sensibilidade europeia e não para o modus operandi dos grandes estúdios de Hollywood. Justiça seja feita aos actores: temos oportunidade de constatar uma das melhores interpretações da carreira de Jeff Bridges e é-nos revelado ainda o enorme potencial dramático da então novata Rosie Perez. Destaque inevitável para duas cenas que marcam e arrepiam pela sua intensidade emocional: o episódio no centro comercial, onde Max e Carla são representados como anjos à deriva (nos quais poucos reparam) e ainda a cena do automóvel a alta velocidade, em que a teoria de Max é posta à prova.

Classificação: 4/5

terça-feira, 19 de junho de 2007

TOP 3 M. Night Shyamalan


1) A VILA (2004)


2) SINAIS (2002)

3) O SEXTO SENTIDO(1999)

Sex and the City

Parece que conseguiram convencer a Kim Catrall a embarcar no projecto cinematográfico do Sex and the City, a famosa série da HBO sobre as 4 solteironas inveteradas. Agora só espero que o argumento faça justiça à acutilância e sagacidade que sempre caracterizaram esta obra de culto.

Exames Nacionais

Juro que não percebo a celeuma em relação aos Exames Nacionais. Uma coisa é unir esforços para que estes não venham à luz do dia cheios de erros e incoerências de várias ordens. Outra completamente diferente é afirmar-se que essas provas não servem para nada e que apenas confirmam um bater de pé do Ministério da Educação. Eu cá sou dos que acham que os modelos de teste devem sofrer algumas alterações (para assim melhor se adaptarem aos reais conhecimentos dos alunos), bem como os horários e datas das provas, mas continuo a defender a execução destas. Acredito que são fundamentais para aferir as capacidades dos estudantes antes da sua entrada na Universidade.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cena de Culto

Cá está uma das mais famosas cenas do Mulholland Drive, fundamental para resolver o "enigma" que encerra o filme. Esta é uma muito curiosa cover da música do Roy Orbison "Crying", pelas mãos da fantástica Rebekah Del Rio.

Gato Preto Gato Branco

Esta é a proposta de cinema para a noite de hoje, na RTP1. Não sendo o meu preferido de Emir Kusturica (esse espaço é ocupado pelo Underground), é um filme que vale a pena ver. A comédia burlesca e socialmente crítica é uma das imagens de marca do realizador e aqui é levada a patamares raramente vistos. Vencedor do Leão de Prata em Veneza, no ano de 1998. Passa por volta das o1h00, logo a seguir ao Prós e Contras.

Extras


Ontem, a RTP2 voltou a exibir a excelente série Extras, no espaço Britcom. Este projecto é mesmo genial, muito devido ao enorme talento de Ricky Gervais e Stephen Merchant, os mentores do célebre The Office. Aqui retrata-se a dura vida dos figurantes, quer sejam do mundo do cinema ou do teatro. Em particular, seguimos o quotidiano de dois amigos, Andy e Maggie. Andy ambiciona chegar a actor principal e alcançar a tão desejada fama e riqueza; Maggie, menos implacável, dedica-se à conquista de um interesse amoroso. De realçar que nesta série encontramos as participações especiais de actores de renome: Ben Stiller (que surgiu no episódio de ontem, na pele de um terrível e egocêntrico realizador), Kate Winslet e Samuel L. Jackson. Brilhante e divertida, esta é a melhor opção para os enfadonhos serões de Domingo.

Um encontro de génios

Esta reunião dos Manic Street Preachers com a Nina Persson (dos The Cardigans) não me sai da cabeça. Isto até pode ser catchy, mas enche-me as medidas...

sábado, 16 de junho de 2007

Os filmes da minha vida


1) Pulp Fiction



2) Mulholland Drive



3) The Hours



4) Lost In Translation



5) A Clockwork Orange



6) Breaking The Waves



7) Eyes Wide Shut



8) Citizen Kane



9) Vertigo



10) Manhattan

De fora:
- Magnolia
- The Bridges of Madison County
- Raging Bull
- Requiem for a Dream
- Natural Born Killers
- Paris Texas
- Chungking Express
- The Godfather
- Closer
- Reservoir Dogs

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Perdidos como nós!

Este é um dos grandes filmes da minha vida! Entra no meu Top 10 à vontade... Uma obra bela, singela e contemplativa. Aqui o que reina são os afectos, as emoções, os pequenos gestos (dos quais o sussurrar ao ouvido no final é o expoente máximo), muito mais que os diálogos. Além disso, serve uma linda e poética homenagem ao Japão, esse recanto que tão bem combina a exaltação das tecnologias modernas com as mais puras tradições milenares... Quanto à banda sonora, está mais do que adequada. Enfim, é um filme que me deixa de bem com a vida e que se deve rever vezes sem conta!
Este fim de semana, o Nuno Markl vai estar no Câmara Clara (o programa da RTP2 apresentado por Paula Moura Pinheiro), juntamente com o crítico de cinema e TV João Lopes, a debater sobre Séries de TV. São ambos personalidades com opiniões muito interessantes e, assim sendo, lá estarei no Domingo, por volta das 22h40, a visionar esse programa.

Estreou ontem nas salas portuguesas o documentário A Ponte, de Eric Steel. Este projecto debruça-se sobre uma curiosidade, que as estatísticas infelizmente comprovam: a ponte Golden Gate, em São Francisco, é o local do mundo em que se regista o maior número de suicídios. Diversas pessoas, de diferentes naconalidades, fazem o seu percurso até essa ponte para terminarem com a sua existência. O realizador passou quase todo o ano de 2004, juntamente com a sua equipa, a filmar esse local com algumas câmaras ligadas durante todo o dia. Acabaram por captar obviamente inúmeros suicídios e também algumas tentativas falhadas. Posto isto, Eric Steel recolheu ainda entrevistas com familiares, amigos dos suicidas e também com as testemunhas destes tristes actos. Ora bem, eu ainda não vi esta obra, mas este conceito está-me a causar alguma confusão. Parece-me que estamos perante uma espécie de Trash Tv, de um mau gosto atroz e a destilar pretensiosismo por todos os poros. Como é que é possível captar, de forma leviana e durante tanto tempo, estas vagas de suicídio? Que conclusões podemos retirar deste documentário? Tenho a sensação que se irá discutir mais a falta de ética e humanismo do realizador e da sua equipa do que a problemática presente no seu projecto.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Dissecando Fincher

O genial realizador David Fincher é responsável por verdadeiros prodígios cinematográficos. São eles:

- Alien 3: A Desforra (1992)
- Seven (1995)
- The Game (1997)
- Fight Club (1999)
- Panic Room (2002)
- Zodiac (2007)

Confesso que ainda não vi a sua última empreitada, mas comparando as suas anteriores obras posso retirar as seguintes conclusões:

- A atmosfera nos filmes de Fincher é sempre densa, claustrofóbica e ultra deprimente: está quase sempre a chover, a narrativa desenrola-se principalmente à noite e o "mundo lá fora" é representado como um caos;

- A mulher é apresentada com uma aura de poder e salvação: basta pensarmos na tenacidade de Sigourney Weaver no Alien3, na protecção maternal de Jodie Foster no Panic Room e no refúgio acolhedor que é Tracy no Seven;

- Os discursos apocalípticos subjacentes na narrativa: no Fight Club trata-se da questão da superficialidade e consequente desumanização do homem moderno; no The Game remete-se para a noção da apatia e conformismo social; no Seven, realça-se o mundo caótico no qual é impossível encontrar a salvação.

Cena de culto


Inesquecível esta bela cena de partilha de gostos musicais no "Before Sunrise" (1995), com Ethan Hawke e Julie Delpy. A canção chama-se "Come Here" e pertence a Kath Bloom. Um grande, grande filme geracional!

Pink, Yellow, White,...

O Reservoir Dogs (Cães Danados), de Quentin Tarantino, apaga este ano 15 velas! Creio que a edição especial já está à venda, no formato da infame lata de gasolina. Deixo aqui um dos momentos mais memoráveis dessa obra prima.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Não vou à bola com isto!

Parece que anda tudo numa roda viva para acabar de vez com o trabalho de Maria José Morgado. Mas afinal de contas ninguém quer apurar a verdade por detrás do processo Apito Dourado?!? Será que não interessa saber o que realmente se passa no universo desportivo?!? Sou dos que considero que a Justiça deve ser feita e levada, se possível, até à última das consequências para se determinar a verdade. Mas parece que a importância deste processo tem sido "apagada" com o recurso ao pobre argumento de que isto tudo não passa de uma birra da Carolina Salgado, levada muito a sério pela Procuradora Geral. Que eu saiba, já existiam muitas suspeitas antes do polémico livro ter sido lançado. Há anos que se fazem piadas sobre as supostas corrupções desportivas. Independentemente das paixões clubísticas, esta história tem de ser tirada a limpo, porque está tudo num enorme negrume. Não há que tapar o sol com a peneira!

Quem nunca pecou...


Bendita RTP1! Hoje é noite de exibição de um dos melhores thrillers dos anos 90. Ah pois é, estou a falar do Seven - Sete Pecados Mortais. Confesso que já não o vejo há algum tempo, mas hoje mato essa vontade. Pobre Gwyneth Paltrow... A não perder, às 23h10.

terça-feira, 12 de junho de 2007

A ter em conta:

"A Ansiedade do Status", uma série documental da autoria de Alain de Botton, que se debruça sobre a possibilidade da felicidade e auto-estima estarem intimamente relacionadas com a posição que ocupamos na sociedade e com a qualidade e número dos bens materiais que possuímos. A procura de um determinado "status" torna-se assim uma das maiores preocupações na sociedade contemporânea. O último episódio é exibido dia 18 deste mês, às 23h40. O canal é a RTP2.

Hoje, na RTP1...


Lisbon Story ( Viagem a Lisboa), de 1994. É, basicamente, um tributo à cidade de Lisboa, pelas mãos do conhecido realizador alemão Wim Wenders. De realçar que esta obra independente conta, entre outros, com a participação dos Madredeus. Um filme mais que adequado, já que esta cidade está em época de festa. A ver, por volta das 01h00.

domingo, 10 de junho de 2007

E hoje...


Uma especial menção ao poster do filme Rocky que, na sua simplicidade, apresenta uma imagem de um coração em forma de luvas de boxe. No fim de contas, evocam-se aqui os grandes temas desse filme: o bom coração de Rocky e o seu amor pelo pugilismo. Estes polacos sabem-na toda...

sábado, 9 de junho de 2007

Polish do it better!!!

Na Polónia, provavelmente por falta de capital para investir na promoção dos filmes norte americanos, alguns artistas dedicam-se a pintar posters para a divulgação dessas mesmas obras. O mais interessante é que eles não se limitam a copiar os posters originais; pintam a sua própria interpretação dos filmes. Isto até pode ser kitsch, mas a verdade é que estes artistas até têm alguma imaginação, dado o pouco dinheiro que podem aplicar. Ficam aqui alguns exemplos:


O 1º poster é alusivo à obra de guerra de Francis Ford Coppola, "Apocalypse Now" (1979);
O 2º , promove o clássico "Fúria de Viver" (1955), com James Dean e Natalie Wood;
O 3º (e também muito gráfico) poster publicita o filme de 1997, "Face Off/ A Outra Face", com John Travolta e Nicolas Cage.
Para quem aprecia cartazes de filmes, encontra aqui uma abordagem no mínimo... original!


Choking Man / Asfixia

Ontem, lá fui com a minha amiga Betty Coltrane a uma sessão de cinema, integrada na 23ª Edição do Festróia. Primeiro, tivemos oportunidade de assistir a uma bela curta metragem sobre o envelhecimento (a necessidade vital de manter a independência e o self respect, mesmo que, na verdade, o estado de saúde não ajude muito) e alguma solidão auto- imposta, tema este que também viria a assombrar a longa-metragem que foi exibida logo de seguida. Estou a falar de "Choking Man" (2006), realizado por Steve Barron (que assinou, entre outros, o filme "Electric Dreams” e alguns videoclips de David Bowie). Trata-se de uma doce mas também claustrofóbica fábula urbana, que retrata o lado menos luminoso de uma imensa metrópole. Somos automaticamente convidados a assistir ao quotidiano de um decadente Diner, onde trabalham emigrantes de várias nacionalidades. No fim de contas, naquele estabelecimento tão característico, traça-se um paralelo com a própria realidade americana: um verdadeiro melting pot, em que nem sempre as relações são das mais pacíficas. Entre alguns dos empregados, encontramos o hiper tímido Jorge, um equatoriano que leva uma existência solitária e aflitiva. Ele bem se esforça para expressar o seu amor pela colega Amy (uma simpática chinesa), mas fica quase tudo pelas intenções, já que a sua solidão e inexperiência nas relações sociais pesam muito. Os empregados são retratados como almas à deriva, mas sem nunca perderem a esperança e o optimismo. De facto, os toques de fábula nesta obra de contornos tão vincadamente reais ajudam a suportar o filme, caso contrário (e como o próprio título indica) seria absolutamente asfixiante e depressivo, levando-nos a pensar que não haveria qualquer tipo de redenção para aquelas pessoas. No final, uma réstia de esperança: Jorge lá consegue exorcizar o seu perturbante demónio interior e caminhar para a salvação. Assim, poderá fazer aquilo que tanto quer mas nunca consegue, ou seja, expressar-se! Mais uma vez, é impossível não deixar de fazer uma comparação com a situação actual dos emigrantes nos EUA, que contam como força produtiva, mas que são altamente marginalizados e pouca margem têm para se exprimir. Em suma, uma obra a descobrir!

Classificação: 4/5

sexta-feira, 8 de junho de 2007

MTV Movie Awards 2007

A Sarah Silverman está lá!

Jel na Sic Notícias

Mais uma daquelas "piadas" do Jel. Desta vez, o alvo foi o programa Opinião Pública, da Sic Notícias, no dia em que se debatia as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa. Não vou muito à bola com o senhor, não. Exceptuando algumas coisas que ele fazia na Revolta dos Pastéis de Nata.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Esquecer Paris

Afinal, já está em casa... Tanto alarido, tanto alarido e essa perdida de seu nome Paris Hilton apenas esteve 3 dias na prisão. Agora vai cumprir o resto do tempo na sua bela mansão, apenas com o "incómodo" de ter de usar a famosa pulseira electrónica. Ao que parece, um problema de saúde impedia-a de estar na prisão. Mas claro, para ir a qualquer evento está sempre prontex. Golpe publicitário, anybody agree? Mais um para a lista... Infelizmente, ela dá-se ao luxo de poder fazer na prisão aquilo que faz num dos seus hóteis: check-out.

E amanhã...

Dois filmes muito diferentes, mas bons no seu género. A noite cinematográfica começa com o Traffic (23h30), realizado por Steven Soderbergh, o filme coral sobre os meandros do submundo das drogas e respectivos intervenientes. Michael Douglas, Benicio del Toro, Catherine Zeta Jones e Don Cheadle brilham à frente de um excelente elenco. De seguida, perto das 02h00, é a vez de Pesadelo em Elm Street, o filme de culto de Wes Craven que assustou muita boa gente (myself included). Ambos passam na RTP1. É preciso é aguentar o sono...

Bird


Hoje, por volta das 01h00, é exibido na RTP1 o Bird - Fim do Sonho, o filme - homenagem de Clint Eastwood que retrata a vida do saxofonista Charlie Parker, que permanece como uma das mais influentes personalidades do mundo do jazz. Sentida interpretação de Forest Whitaker, justamente premiado em Cannes com a Palma de Ouro para Melhor Actor, nos idos de 87. A rever.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Cena de Culto...

Este brilhante momento cinematográfico arrepia até a alma mais fortalhaça. Um segmento de rara beleza. Obrigado Paul Thomas Anderson!


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Crash


Quanto à TVI, de vez em quando tem momentos inspirados. Ontem, por exemplo, exibiram às 23h00 o oscarizado Crash. Confesso que é um bom filme, sim senhora, mas também excessivamente sobrevalorizado. Já o vi por duas vezes, mas mesmo assim não entranha totalmente. Creio que é um pouco pretensioso no seu desejo de retratar as discriminações raciais numa grande metrópole como é Los Angeles, faltando-lhe assim subtileza, que considero que seria o seu maior trunfo. No entanto, uma observação: há muitos anos que sou um fã da Sandra Bullock e admito que nem sempre ela fez escolhas acertadas na carreira. Mas, verdade seja dita, a sua participação neste filme é um portento, a intensidade na composição da sua personagem é algo de arrepiante e comovente, dando-nos um vislumbre da óptima actriz que ela é capaz de ser. É preciso é que tenha material à altura para poder demonstar o seu potencial dramático.

Cinema Paraíso




Parece que a RTP1 está a inovar e já não era sem tempo. Estou a falar especificamente em termos cinematográficos. Este fim de semana foi um oásis para os fãs de Stanley Kubrick: na Sexta feira, o Full Metal Jacket; no Sábado, A Clockwork Orange, a sua obra-prima absoluta. É favor o canal público continuar a apostar na diversidade e na recuperação dos clássicos, pois existe uma grande fatia do público sedenta para ver (ou rever) essas pérolas.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Frase do Dia

"Porque é que haverias de voltar? Aqui ninguém lê, ninguém discute nada" (Juliette Binoche, no filme "A Insustentável Leveza do Ser" ).

Nascido Para Matar (Full Metal Jacket)


O filme de hoje é o perturbante "Full Metal Jacket", uma das mais inspiradas e brutais obras de guerra do cinema americano, realizada por esse Deus chamado Stanley Kubrick, nos idos de 87. Somos convidados a assistir a todo o processo de "formação" de verdadeiras máquinas de guerra, desde o violento treino dos recrutas até à sua ida para a Guerra do Vietname. Durante essa viagem, verifica-se a perda de humanidade de toda essa geração de combatentes e o quão ridículo é todo aquele cenário. Excelente interpretação de Vincent D'Onofrio, no papel do mentalmente frágil Pyle. Para mim, o melhor filme de guerra de sempre. A ver, na RTP1, por volta das 23h25.