
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
IX Festa do Teatro, em Setúbal

quinta-feira, 30 de agosto de 2007
"A Caverna", José Saramago

quarta-feira, 29 de agosto de 2007
O Percurso de um Filme...
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Babel (2006)

As Fronteiras da Comunicação
sábado, 25 de agosto de 2007
21 Grams - 21 Gramas (2003)

O Peso Da Alma
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Hoje, no canal FOX, às 21h30,...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007
O Poder Feminino no Cinema







1) Jodie Foster, "The Silence Of The Lambs" (1991)
2) Susan Sarandon e Geena Davis, "Thelma & Louise" (1991)
3) Sally Field, "Norma Rae" (1979)
4) Julia Roberts, "Erin Brockovich" (2000)
5) Uma Thurman, "Kill Bill" (2003-2004)
6) Sigourney Weaver, "Aliens" (1986)
7) Gina Gershon e Jennifer Tilly, "Bound" (1996)
E continua, continua...
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A Ler: "Filha Da Fortuna"
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Mystic River (2003)

sábado, 18 de agosto de 2007
Birth - O Mistério (2004)
A Metafísica Do Amor
Um belíssimo filme metafísico, amado e odiado em partes iguais. Estamos perante uma obra fabulosa e intensamente radical. Arrisco até a dizer que Birth nem parece ser um trabalho desta época: desenvolve-se de uma forma que não se coaduna com os imperativos cinematográficos contemporâneos e encontra-se repleto de inteligência, subtileza e sugestão (algo raro de se encontrar). Estranhamente, com tantos dados relevantes a seu favor, Birth acabou por ser desvalorizado pelo público. Acredito que essa subvalorização prendeu-se com o facto do público de hoje se centrar quase exclusivamente na questão dos twists que, por muito espectaculares que sejam, não podem nunca resumir o imaginário de um filme .
Depois, alguma crítica medíocre acabou por ser tremendamente injusta ao trilhar o caminho mais perverso, acusando o filme de conter cenas extremamente chocantes (?) e de se centrar sobre o polémico tema da pedofilia (??). Muito equívoco e muita crueldade, tanto mais quanto o filme não contém cenas chocantes que envolvam o jovem protagonista, nem sequer foca a atenção na problemática do abuso sexual de menores.
Iniquidades à parte, passemos ao essencial: Birth narra a história de Anna (Nicole Kidman), uma viúva há dez anos que se cruza com um rapaz que diz ser a reencarnação do seu marido. Inicialmente, Anna não leva as afirmações do miúdo muito a sério, mas quando este começa a revelar pormenores íntimos do casal e de alguns familiares, a jovem mulher começa aos poucos a acreditar na possibilidade do seu marido estar de volta. Anna começa então a desenvolver uma relação muito profunda com a criança, que não é bem vista pelas pessoas ao seu redor.
A realização é austera e elegante (evocando com grande eficácia os espíritos de Stanley Kubrick e Ingmar Bergman) e a banda-sonora, a cargo de Alexandre Desplat, pauta-se pela excelência. Uma nota final para aquele close-up que ainda hoje me persegue e que se impõe como uma das peças-chave do cinema do novo milénio!
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Top 3 Vida Nos Subúrbios
2) Little Children - Pecados Íntimos (2006)
3) American Beauty - Beleza Americana (1999)
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Ringu - A Maldição (1998)

sábado, 11 de agosto de 2007
Próxima Paragem...
Monster - Monstro (2003)
Classificação: 4/5
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados (1999)
Hoje, depois de uma conversa sobre relações e casamentos falhados com o An Angel In Hell, chegou-se à conclusão que a última obra-prima de Stanley Kubrick impõe-se como um dos melhores retratos (senão o melhor) a essa instituição que é o casamento. A história deste casal da alta burguesia com inúmeras disfuncionalidades na sua relação é um brilhante exemplo daquilo que é observável "lá fora", na vida real. Tom Cruise interpreta Bill Harford, um excelente médico que ama a sua mulher Alice e a filha, considerando o seu seio familiar bastante estável. O grande erro de Bill é que acha que tem a sua esposa como garantida, vendo-a como uma boa mãe, mas descurando toda a sexualidade e desejos daquela mulher. Daí ele fechar os olhos logo ao início do filme, quando a vê nua, no quarto do casal. Mas aquela união só será posta em causa após uma confissão de Alice, relativamente às suas tentações fora do casamento. Depois desse episódio, o médico entra numa espécie de colapso e decide então enveredar por uma odisseia num submundo perigoso e extremamente sexual, encontrando-se com personalidades atípicas e sinistras. Tudo apenas para testar os seus limites e descobrir se conseguirá ser tão ousado como a sua mulher foi. Real, elegante e provocador, este filme não deixa ninguém indiferente, quer se ame ou odeie. O título é repleto de significado, se bem que cínico: "De Olhos Bem Fechados" para não se encarar a verdade, evitar aquilo que não se quer admitir, ver (sendo a famosa cena do espelho um bom exemplo disto). O facto de se contar com o par Cruise/Kidman (como é sabido, ainda estavam casados por esta altura) confere uma tónica de veracidade raramente vista no celulóide, tornando-se também uma perfeita oportunidade de ambos revelarem as suas enormes amplitudes dramáticas. A banda sonora é arrepiante e misteriosa, um marco que Kubrick nunca desvalorizou e que sempre integrou na perfeição em todos os seus projectos. O filme adapta de forma exemplar a obra de Arthur Schnitzler, "Traumnovelle" e constituiu um dos melhores sucessos comerciais na carreira do já falecido realizador. Soberbo!
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Bug (2005)
Saúda-se o regresso do realizador William Friedkin ("O Exorcista", "Os Incorruptíveis Contra a Droga") à boa forma. É natural que este "Bug", um interessante thriller psicológico, passe algo despercebido aos olhares do público, já que a avalanche de blockbusters que invade as salas é enorme. Mas tal facto não impede que estejamos perante um óptimo filme, radicalmente diferente de tudo o que vimos nos últimos tempos. Partindo da peça teatral de Tracy Letts, que foi um sucesso off-Broadway, constrói-se um cenário perfeito para o estudo da paranóia, da persuasão, manipulação e alucinação. A premissa é directa e intrigante: Agnes é uma mulher com um passado tenebroso que leva uma vida solitária, angustiante e com bastante receio do ex-marido que acabou de sair da prisão, em liberdade condicional. Ela trabalha num bar e conhece Peter (um veterano da Guerra do Golfo) por intermédio de uma amiga, simpatizando logo com ele. Agnes acaba por receber Peter no seu modesto quarto de motel e a relação desenvolve-se. Peter tem uma personalidade calma e bastante peculiar, mas algo diz que a ameaça está latente. A situação destas duas pessoas entrará numa espiral de loucura e teorias da conspiração a partir do momento em que Peter jura que está infectado por "insectos", supostamente por culpa do governo americano. O isolamento torna-se a única opção e a auto-mutilação uma realidade. O cenário do filme é constituído inteiramente pelo quarto de motel (excepto uma cena no bar onde Agnes trabalha) e as personagens resumem-se a 5. Sente-se sempre a inspiração teatral (o que é bom), quanto mais não seja pela intensidade dramática e pelo claustrofóbico espaço de acção. Mas a verdade é que a caracterização das personagens é profunda, o argumento tem uma elevada qualidade e os diálogos estão muito bem elaborados. Acreditamos sempre nas acções e "demência" daquelas duas pessoas, nunca nos soando a falsidade ou precipitação de comportamentos, porque ambos são a personificação da instabilidade emocional. É ainda um prazer ver Ashley Judd regressar aos bons papéis, podendo reafirmar toda a sua versatilidade, enquanto Michael Shannon (que interpreta Peter) retoma o seu papel da famosa peça teatral.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Lord Of The Flies - O Deus Das Moscas

Está na altura de terminar a leitura desta obra-prima de William Golding, que tive de interromper há uns tempos e que se foi perdendo nas minhas prioridades literárias. Desde sempre que a temática deste livro me fascina. Principalmente, desde um maravilhoso documentário no canal People+Arts, que se debruçava sobre a interpretação deste grande clássico da literatura. Traçavam-se aí comparações entre as personagens de Golding e os actuais elementos dos gangs de bairros degradados. Um dos entrevistados, se bem me lembro oriundo desse meio, admitiu que as diferentes personalidades e as dinâmicas de grupo descritas no livro encontram paralelo na realidade. Não vou esperar mais para concluir esta odisseia!
Little Children - Pecados Íntimos (2006)

A Inquietude Suburbana
Nos arredores de Boston, Sarah, casada e mãe de uma menina, envolve-se com Brad, também ele casado, pai de um rapaz e alvo das atenções de quase todas as "donas de casa desesperadas" do bairro. O marido de Sarah distancia-se cada vez mais da sua família, pois encontra-se fascinado por outras actividades extra-conjugais. No caso de Brad, tudo parece correr de feição: ele encontra estabilidade no seu seio familiar e recebe constantemente o conforto e apoio da sua esposa Kathy, uma bela mulher. Mas as leis da atracção pregam partidas naquela acolhedora comunidade, que une os corpos ardentes de desejo. Ainda para mais, a convulsão instala-se na existência pacata de todos os moradores do bairro, uma vez que chega um pedófilo que acaba de cumprir pena por exposição sexual perante um menor...
Neste belo filme assinado por Todd Field (o mesmo responsável pelo fabuloso In The Bedroom - Vidas Privadas) são as crianças que dão o mote para o desenrolar da narrativa e que providenciam os inúmeros encontros entre as personagens principais (seja nos belos parques ou na piscina municipal). A inocência dos petizes entra em confronto directo com alguns dos sentimentos menos puros dos seus pais (sendo estes as verdadeiras pequenas crianças, como o título indica), que usam os filhos para satisfazer os seus desejos mais íntimos. A fachada do socialmente correcto e das acções estandardizadas dentro de uma ordem pré-estabelecida estão nos antípodas daquilo que aqueles adultos realmente sentem e consideram mais satisfatório. Na verdade, os seus pensamentos e comportamentos encontram-se no reino da infantilidade, imaturidade e no prazer do imediato, os grandes temas do filme.
sábado, 4 de agosto de 2007
The Village - A Vila (2004)
Sem dúvida uma das pérolas desta década! Depois de surpreender meio-mundo com o emblemático The Sixth Sense e de ter prosseguido na sua caminhada de obtenção de respeito crítico e comercial com The Signs e Unbreakable, M. Night Shyamalan voltou à acção para nos brindar com uma fabulosa parábola lírica sobre as profundezas do medo colectivo, a obsessão securitária dos dias de hoje e a (im)possibilidade de retorno a uma espécie de pureza original. Perante tamanha riqueza temática, o realizador encontra ainda uma brecha para lançar um discreto piscar de olho à Alegoria da Caverna, de Platão.
O filme gira em torno de uma pequena vila da Pensilvânia, em 1897. Nessa comunidade supostamente idílica (reminiscente dos Quakers e Amish), os indivíduos relacionam-se de forma cordial e pacífica, cumprindo à risca todas as regras ditadas pelos governantes. Mas nem tudo é perfeito: é sabido que na periferia residem monstros que, de tempos a tempos, atacam os habitantes e deixam marcas vermelhas assinaladas nas portas. Essas marcas são como que ameaças de morte, indicativas de que toda a precaução se torna fundamental. Para além das rígidas regras da vila (onde, por exemplo, se estabelece a proibição do uso da cor vermelha e da transgressão do espaço social definido), somos convidados a conhecer alguns dos seus residentes, como é o aso de Ivy (uma rapariga cega, filha de um dos líderes), o introvertido Lucius Hunt (o grande amor de Ivy) e o mentalmente desequilibrado Noah Percy. Quando Lucius ousa desafiar as convenções sociais para descobrir o que existe para lá da vila, o futuro de toda aquela gente poderá estar ameaçado...
Se esta não é a melhor crítica à era da administração Bush, à mentalidade americana contemporânea (ávida de um isolamento auto-imposto e da mais completa alienação) e à cultura do medo do "outro", então estamos lá perto! Shyamalan constrói uma narrativa fascinante, utópica e subtil sobre a paranóia (e as múltiplas feridas) do pós-11 de Setembro e a errática política externa dos EUA. Todo o filme é uma metáfora que espelha com exactidão a realidade presente nas terras do Tio Sam. Vejamos: naquela vila, a inocência anda de mãos dadas com a ignorância; todas as leis são acatadas pelos habitantes sem que estes tenham grande hipótese de resposta; quem contraria as imposições e o pensamento generalizado torna-se automaticamente um perigo que deve ser controlado; enfim, o que importa, única e exclusivamente, é aquela área delimitada e os seus ocupantes.
Contando com interpretações maravilhosas (excelentes Bryce Dallas Howard, Sigourney Weaver, Joaquin Phoenix e Adrien Brody), uma banda sonora envolvente e uma fotografia linda e singela, The Village acaba por ser não o filme de terror ou de suspense que todos pensávamos que seria, mas sim um genuíno drama romântico (onde o romance é ingénuo e desesperado, mas completamente arrebatador). O filme foi mal recebido nos EUA (porque será?), mas a Europa fez-lhe justiça, acolhendo-o e interpretando-o como deve ser. De facto, The Village dá muito que pensar, motiva algumas conversas bem interessantes e é, na minha opinião, o melhor filme do realizador indiano até à data!
Classificação: 5/5
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Top Indiana Jones
2) Os Salteadores da Arca Perdida (1981)
3) Indiana Jones e a Grande Cruzada
A Homenagem...
Saraband - 22h40
Blow Up - 00h25
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
É o vale tudo!
Closer - Perto Demais (2004)
