segunda-feira, 12 de novembro de 2007

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As dificuldades profissionais que incomodaram a "Geração Rasca" (como detesto este termo) estão longe de acabar. Pode-se dizer, sem qualquer tipo de problema, que a actual geração continua a sofrer essa problemática e o mal parece não ter resolução à vista. Afinal, depois de tanto esforço empreendido (mental, físico e económico), as expectativas não são as melhores e as desilusões marcam pontos. Aos 12, 13 anos estávamos desejosos de atingir a maioridade, mas também longe de imaginar que o cenário seria tão pessimista. Não condeno aqueles que cada vez mais ponderam sair de Portugal: o investimento na educação, tão promovido pelas altas autoridades do Estado, não se traduz actualmente numa estabilidade económica e profissional. Esse discurso governamental sobre a importância da formação tem muito de politicamente correcto, mas parece não existir um grande "esforço de fundo" para corrigir a situação dos jovens licenciados no desemprego. Estes, que seguiram o percurso académico pelos parâmetros considerados normais e louváveis, parecem ter sido irremediavelmente atirados para o contentor do esquecimento...

4 comentários:

C. disse...

É desmotivante e preocupante, sem dúvida. Só posso considerar-me uma privilegiada...

Maria del Sol disse...

Não tenho mais a dizer que o clássico "been there, done that", e que o discurso oficial de promoção do ensino já irrita quem o concluiu e repara que é um modo de camuflagem muito conveniente para evitar falar do panorama que encontramos depois de os concluir. Será que os prometidos 150.000 (!) novos empregos do governo PS foram destinados todos eles a engenheiros informáticos e construtores civis (com o maior respeito para essas profissões) ?

Gonçalo Trindade disse...

Enfurece-me bastante o facto de as pessoas se rirem na minha cara, sempre que digo que quero seguir cinema. Portugal é um páis que não valoriza as artes, sejam elas as de letras, teatro, cinema... Enfim... é por estas e por outras que por vezes tenho medo daquilo que me aguarda no futuro. Porque, infelizmente, as coisas não parecem estar a melhorar...

Betty Coltrane disse...

Já sabes o que penso sobre isso.

Deixo-te um beijo e o meu apoio!
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