terça-feira, 10 de julho de 2007

Feiras de Vaidade

Natalina, a rapariga que conseguiu tirar 20 valores no Exame Nacional de Matemática, estuda a 80 quilómetros de casa e ainda dispensa algum tempo para trabalhar no campo. Gosto destas histórias, porque mostram uma juventude empreendedora, activa e industriosa. Casos como este deviam ser uma referência para todos os inócuos alunos que apenas passeiam os livros nas escolas (sejam elas públicas ou privadas), preocupados com o estilo e exibindo pirosamente o seu estatuto de "estudante". Sim, porque todos nós sabemos que, muitas vezes, as instituições de ensino são meros palcos de autênticas feiras de vaidade.

4 comentários:

Rosa disse...

Concordo plenamente. O estatuto de estudante já é considerado de luxo e "a melhor altura das nossas vidas" pq? não me parece que seja pelos ensinamentos que se recebem, será antes pelos anos dourados em que já se tem idade para fazer tudo, ainda não se tem qualquer responsabilidade e os papás ainda bancam uma mesada. Não me parece que a Natalina (e outros em situações semelhantes) saiba algum dia o que é isso. Ainda bem para ela. Pena para a restante maioria, com as prioridades todas baralhadas.

Maria del Sol disse...

Boa observação, tanto mais lúcida quanto mais afastada dos estereótipos que são divulgados pelos média (sobretudo as pseudo-séries e as telenovelas) sobre a figura do estudante, cuja função essencial (a de estudar) é deixada sempre em segundo plano. Um exemplo, de facto!

Betty Coltrane disse...

Após dezasseis (!) longos anos no sistea de ensino, sabemos bem o que isso é... Sinto-me, e sempre me senti, orgulhosa por fazer parte daquela fatia que encara a escola como uma responsabilidade, um prazer, algo fundamental para a minha formação, por muito que isso me tenha custado em termos sociais em certas fases. Agora, não concordo que sejam os melhores anos da minha vida, acho que esses ainda estão para vir. =))

beijoca amigo!

Anônimo disse...

pois. realmente focaste um assunto mt interessante. smp encarei a escola/faculdd como o meu emprego. como tal, tenho d levá-lo o mais responsavelmente possível.

maaas...somos a minoria, na realidd.