É certo e sabido que a obra de Steven Spielberg se encontra contaminada pela complexidade das relações entre pais e filhos. Este facto deve-se a um acontecimento nuclear na vida do cineasta: o divórcio dos seus pais.
Na cinematografia do realizador de A Lista de Schindler, a Mãe é quase sempre representada como um poço de infindável amor, alguém que apresenta dignidade e perseverança, independentamente dos contextos.
Na cinematografia do realizador de A Lista de Schindler, a Mãe é quase sempre representada como um poço de infindável amor, alguém que apresenta dignidade e perseverança, independentamente dos contextos.
Exemplos:

Dee Wallace Stone em E.T. - O Extra-Terrestre (1982)
Frances O'Connor em A.I. - Inteligência Artificial (2001)
Já no caso do Pai, o cenário não é tão estimulante. A figura paterna surge quase sempre como um ser ausente, física (Terminal de Aeroporto) ou simbolicamente (Hook). A excepção parece residir na personagem de Tom Cruise em Minority Report - Relatório Minoritário (2002).
Exemplos:
Christopher Walken em Catch Me If You Can - Apanha-me se Puderes (2002)

Tom Cruise em War Of the Worlds - Guerra dos Mundos (2005)
9 comentários:
O divórcio dos pais está também muito inerente à filmografia dele. Algo que representa a própria história de Spielberg. Bom post ;)
Sempre temos o pai de Indy. :)
Abraço.
Bem observado.
Confesso que nunca tinha pensado em Spielberg nestes termos.
Excelente reparo.
Sem querer ser repetitivo, mas já sendo, bem observado... rs...
Excelente análise! Parabéns!
Aproveito para divulgar a votação que estou a promover no meu blogue que visa "eleger" os melhores actores e actrizes da actualidade. Já estamos nas últimas votações da 1ª fase. Podem votar em:
http://cinema-e-futebol.blogspot.com/
Obrigado!!!
Parabéns pela perspicácia! Nunca me tinha apercebido destas referências aos progenitores.
beijocas
é uma verdadeira análise psicológica, aquela que fazes; e essas análises têm muito de científico: encontras padrões que te permitem inferir processos. Isso que dizes só prova que todo o verdadeiro artista é aquele que se confunde com a obra a um tal ponto que se torna impossível dizer onde acaba um e começa a outra, ou vice-versa. Cá esperamos mais correlações interessantes!
Abraço
este sábado também somos presenteados com bom cinema na RTP2!
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