terça-feira, 22 de julho de 2008

A Mãe e o Pai, segundo Steven Spielberg

É certo e sabido que a obra de Steven Spielberg se encontra contaminada pela complexidade das relações entre pais e filhos. Este facto deve-se a um acontecimento nuclear na vida do cineasta: o divórcio dos seus pais.

Na cinematografia do realizador de A Lista de Schindler, a Mãe é quase sempre representada como um poço de infindável amor, alguém que apresenta dignidade e perseverança, independentamente dos contextos.

Exemplos:

Dee Wallace Stone em E.T. - O Extra-Terrestre (1982)


Frances O'Connor em A.I. - Inteligência Artificial (2001)


Já no caso do Pai, o cenário não é tão estimulante. A figura paterna surge quase sempre como um ser ausente, física (Terminal de Aeroporto) ou simbolicamente (Hook). A excepção parece residir na personagem de Tom Cruise em Minority Report - Relatório Minoritário (2002).

Exemplos:

Christopher Walken em Catch Me If You Can - Apanha-me se Puderes (2002)


Tom Cruise em War Of the Worlds - Guerra dos Mundos (2005)

9 comentários:

Anônimo disse...

O divórcio dos pais está também muito inerente à filmografia dele. Algo que representa a própria história de Spielberg. Bom post ;)

Red Dust disse...

Sempre temos o pai de Indy. :)

Abraço.

José Quintela Soares disse...

Bem observado.
Confesso que nunca tinha pensado em Spielberg nestes termos.

dianamatias disse...

Excelente reparo.

Anônimo disse...

Sem querer ser repetitivo, mas já sendo, bem observado... rs...

MC disse...

Excelente análise! Parabéns!

Aproveito para divulgar a votação que estou a promover no meu blogue que visa "eleger" os melhores actores e actrizes da actualidade. Já estamos nas últimas votações da 1ª fase. Podem votar em:
http://cinema-e-futebol.blogspot.com/
Obrigado!!!

Blueminerva disse...

Parabéns pela perspicácia! Nunca me tinha apercebido destas referências aos progenitores.
beijocas

Daniel disse...

é uma verdadeira análise psicológica, aquela que fazes; e essas análises têm muito de científico: encontras padrões que te permitem inferir processos. Isso que dizes só prova que todo o verdadeiro artista é aquele que se confunde com a obra a um tal ponto que se torna impossível dizer onde acaba um e começa a outra, ou vice-versa. Cá esperamos mais correlações interessantes!

Abraço

dianamatias disse...

este sábado também somos presenteados com bom cinema na RTP2!